
Policiais civis da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté estouraram uma casa bomba da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no bairro Cidade Jardim, em Pindamonhangaba. O local era utilizado como depósito de entorpecentes e as drogas apreendidas no imóvel foram avaliadas em R$ 100 mil.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
A operação faz parte do trabalho da Deic de combate à célula da facção criminosa que age em Pindamonhangaba, na região do Residencial Bem Viver, área onde atua uma célula do PCC conhecida como “Box 11”.
Segundo a polícia, a localidade é “notoriamente identificada como ponto de comercialização de entorpecentes em larga escala”.
Ao longo dos meses, diversas diligências resultaram na prisão de indivíduos, apreensão de drogas e levantamento de informações. A Deic estima que o prejuízo causado aos criminosos nessas operações ultraa o valor de R$ 1 milhão, em entorpecentes já retirados de circulação pela equipe da unidade especializada da Polícia Civil.
Nessa quinta-feira (5), os policiais estouraram uma nova casa bomba em Pinda, desta vez no bairro Cidade Jardim. O ponto de armazenamento de drogas facção guardava 96 frascos de “flor de maconha”, 500 frascos de crack, 455 pinos de cocaína, 380 pedras de crack, farta porção de cocaína a granel, 780 pinos de k9 e 1.800 papelotes a vácuo de cocaína.
Segundo a polícia, três integrantes da facção criminosa foram identificados como sendo os responsáveis pelo local, sendo que um deles se encontra foragido pelo mesmo crime. Os investigados têm entre 20 e 25 anos. Eles são apontados como integrantes do PCC e responsáveis pela movimentação e distribuição de entorpecentes no “Box 11”.
Um deles já havia sido identificado como gestor de uma casa bomba no bairro Araretama, também em Pinda, inclusive com impressões digitais encontradas em decorrência do manuseio da droga.
Investigação.
Inicialmente, segundo a Deic, os entorpecentes eram armazenados nos próprios apartamentos dos traficantes, dentro do Residencial Bem Viver. Com o avanço das investigações e o aumento da pressão policial, os criminosos alteraram seus métodos de ocultação, ando a esconder as drogas em áreas de mata e posteriormente em casas abandonadas.
O último esconderijo identificado pela polícia situava-se em um bairro próximo ao Bem Viver, mas após novas ações da equipe, os traficantes migraram para outro local mais distante.
A equipe da Deic Taubaté recebeu informações indicando que os três investigados estariam frequentando, de forma esporádica, uma residência localizada no bairro Cidade Jardim, em Pindamonhangaba. O imóvel era utilizado como novo ponto de apoio para o tráfico de entorpecentes.
Diante disso, os investigadores realizaram campana no local. Apesar de não identificarem movimentações diretas dos suspeitos, vizinhos confirmaram a presença esporádica de indivíduos estranhos, inclusive de um veículo VW Gol preto pertencente ao homem foragido.
Em diligência posterior, os policiais constataram que o portão da garagem da residência estava aberto. Realizado o cerco tático, os agentes ingressaram no imóvel, que se revelou ser uma casa tipo sobrado, completamente vazia, desabitada e sem móveis.
Durante a varredura, os policiais encontraram diversas sacolas plásticas em um dos cômodos, contendo grande quantidade de entorpecentes. As embalagens apresentavam os mesmos padrões identificados em apreensões anteriores associadas ao “Box 11”.
Entre as drogas, informou a polícia, especialmente a cocaína estava embalada a vácuo, com características típicas do padrão industrial utilizado pelo PCC na capital paulista, o que evidencia a origem da droga. Segundo o depoente, esse tipo de embalagem só é possível mediante o uso de maquinário industrial, exclusivo da facção. Todo o material foi apreendido e apresentado à autoridade policial.
Com base no histórico, elementos investigativos e evidências colhidas, a equipe reconhece que os três indivíduos atuam de forma estável e permanente no tráfico de drogas, sendo gestores da “biqueira” do Box 11, conforme delineado em inquérito policial anterior. “Suas ações são coordenadas e representam braço ativo do PCC na região de Pindamonhangaba”, disse a Deic.