
Uma jornalista australiana foi atingida por uma bala de borracha enquanto fazia uma transmissão ao vivo durante os protestos contra a repressão imigratória do presidente Donald Trump em Los Angeles. O caso aconteceu no domingo (8), em meio à escalada de confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
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Lauren Tomasi, correspondente da emissora 9News, cobria o avanço dos protestos no centro da cidade quando foi atingida na perna por um disparo de curta distância feito por um policial que estava logo atrás dela. A repórter não usava equipamentos de proteção no momento. No vídeo da transmissão, ela grita de dor e segura a perna, enquanto a câmera se afasta rapidamente.
"Você acabou de atirar na repórter!", grita uma voz fora do quadro, indignada com a ação.
Mesmo ferida, Tomasi tentou tranquilizar a equipe: "Tá tudo bem, tá tudo bem", disse, visivelmente abalada.
Os protestos, que começaram com algumas centenas de pessoas na sexta-feira, reuniram milhares até o domingo, com bloqueios em vias expressas e até veículos autônomos incendiados. No sábado, Trump ordenou o envio de dois mil soldados da Guarda Nacional à cidade, ignorando objeções do governador Gavin Newsom. É a primeira vez desde 1967 que as tropas federais são mobilizadas sem consentimento estadual.
A repórter e sua equipe ficaram presos entre manifestantes e policiais em diversos momentos, enfrentando barulho intenso, tumulto e até interferência direta nas câmeras. "É barulhento, é volátil, mas estamos seguros", disse ela durante uma das entradas ao vivo.
Mais tarde, em entrevista ao canal, Tomasi confirmou que ela e o cinegrafista estão bem. "Infelizmente, esse tipo de situação faz parte do que enfrentamos ao cobrir protestos intensos como este", afirmou.
A polícia de Los Angeles informou que 39 pessoas foram presas desde o início dos confrontos: 29 no sábado e 10 no domingo.
*Com informações da CBS