
Uma obra de perder o sono.
Essa é a definição do empresário Sérgio Porto para a obra da Cidade Matarazzo, que rendeu à Sérgio Porto Engenharia o mais famoso prêmio do segmento no país, o Master Imobiliário, com o troféu ‘Soluções Tecnológicas’ pela inovação e excelência técnica aplicadas ao empreendimento. O complexo ocupa quase 28 mil metros quadrados nas proximidades da Avenida Paulista: 10 edifícios tombados pelo patrimônio histórico, entre eles uma capela de 102 anos, fruto da determinação do imigrante italiano e industrial sco Matarazzo.
“Realmente foi uma obra muito difícil. Eu nunca falei isso para você, mas realmente você está certo, eu perdi algumas horas de sono. Lá tinha uma capela tombada que não poderia ter a menor fissura, a menor trinca. Nós fizemos 8 subsolos, para baixo dessa capela. Essa foto saiu não na imprensa brasileiro, mas na imprensa mundial. Umas duas ou três vezes, eu saia de casa –eu fiquei morando seis anos em São Paulo por causa dessa obra—eu saia de casa, morava ali perto, para ver se não tinha acontecido nada”, disse o empresário no OVALE Cast “Líderes”, o podcast de OVALE sobre Economia & Negócios.
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Nele, Sérgio Porto revelou bastidores da obra, que fez com que a capela ‘levitasse”, suspensa no ar por estacas e vigas, para que fosse escavado 30 metros subsolo adentro sem tirar a igreja do lugar e nem causar danos estruturais.
“Obra tombada no Brasil exige muita tecnologia, muito cuidado. Eu me lembro numa das primeiras reuniões que eu tive lá, o pessoal perguntou se eu já havia feito anastilose no piso. Eu falei: nossa, isso eu faço há muitos anos já. Aí eu fui ao banheiro para ver o que era anastilose. Anastilose é você tirar o piso tombado, proteger o piso e depois recolocar o piso. Para você ter uma ideia, nós fizemos 12 mil metros quadrados de anastilose no piso. Esse é um detalhe da obra.”