
Luana Campos Carneiro, de 25 anos, morreu na última quinta-feira (28) após ter sido internada em estado grave, consequência de uma tentativa de suicídio. A jovem, segundo relatos de pessoas próximas, teria perdido cerca de R$ 140 mil em uma plataforma de apostas online conhecida como “Jogo do Tigrinho”.
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O valor era parte de uma herança que ela havia recebido recentemente. Abalada pelas perdas e por dívidas acumuladas, ela entrou em profundo sofrimento emocional.
O caso ocorreu em Figueira, município localizado no Norte Pioneiro do Paraná, e gerou grande comoção entre moradores. Amigos afirmam que Luana era uma jovem gentil e cheia de vida. Aos poucos, ela teria direcionado todo o dinheiro para o jogo, um tipo de caça-níquel disfarçado de entretenimento digital, com estética infantil e alto potencial viciante.
O corpo foi velado sob forte comoção, reacendendo um debate urgente sobre o impacto do vício em jogos de azar online entre jovens brasileiros.
A tragédia de Luana não é um caso isolado na região. Em agosto, Lourival Guarnieri, de 52 anos, também tirou a própria vida em Santana do Itararé após acumular mais de R$ 100 mil em dívidas com apostas digitais.
Já em março, um caso ainda mais grave foi registrado em Bandeirantes, onde um homem assassinou a ex-companheira e a enteada após o término do relacionamento, motivado por perdas financeiras com jogos.
Especialistas apontam que esses aplicativos atuam de forma semelhante a cassinos e geram dependência psicológica, levando muitos usuários à ruína emocional e econômica. Psicólogos alertam para sinais como mudanças bruscas de comportamento e isolamento, reforçando a importância do apoio familiar e da busca por ajuda profissional.