
Os medicamentos Ozempic e Wegovy, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, tiveram seus preços reduzidos a partir desta segunda-feira (2). A queda nos valores acontece em meio à crescente concorrência com o Mounjaro — remédio da rival Eli Lilly, ainda não disponível no Brasil — e visa facilitar o o ao tratamento para diabetes tipo 2 e obesidade. Segundo a empresa, os novos preços já estão valendo tanto nas farmácias físicas quanto em plataformas de venda on-line, com reduções que podem ultraar R$ 200.
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A maior redução foi registrada na versão mais potente do Wegovy (2,4 mg), que ou de R$ 1.981 para R$ 1.699 no ambiente digital e R$ 1.799 nas lojas físicas.
Veja os novos preços:
• Ozempic 0,5 mg: R$ 963 (on-line) e R$ 1.063 (físico)
• Wegovy 1,7 mg: R$ 1.399 (on-line) e R$ 1.499 (físico)
• Ozempic 1 mg: R$ 999 (on-line) e R$ 1.099 (físico)
• Ozempic 0,25 mg + 0,5 mg: R$ 825 (on-line) e R$ 925 (físico)
De acordo com a farmacêutica, o abastecimento das farmácias está regularizado, o que permitiu a reformulação da política de preços.
Estratégia também mira falsificações
Além de tornar os medicamentos mais íveis, a Novo Nordisk afirma que a iniciativa busca reduzir o consumo de versões manipuladas ou irregulares, que circulam de forma ilegal e apresentam riscos à saúde. A popularidade crescente desses fármacos tem impulsionado um mercado paralelo de falsificações, associado a efeitos colaterais graves. “Nosso compromisso é garantir que os pacientes tenham o seguro e contínuo aos tratamentos. Essa mudança de preços é um o importante nesse caminho”, declarou Isabella Wanderley, gerente geral da Novo Nordisk no Brasil.
A revisão nos preços também ocorre em um momento delicado para a farmacêutica. Estudos recentes têm mostrado desempenho superior do Mounjaro em comparação com os medicamentos da Novo Nordisk, especialmente no quesito perda de peso. O cenário competitivo contribuiu, segundo analistas, para a saída do então CEO Lars Jorgensen, no mês ado. A expectativa agora é sobre a chegada do Mounjaro ao mercado brasileiro, o que deve intensificar ainda mais a disputa entre os laboratórios.